DISCIPULADO CONHECENDO A COMUNIDADE EVANGELICA BATISTA BOAS NOVAS

DISCIPULADO CONHECENDO A
COMUNIDADE EVANGELICA BATISTA BOAS NOVAS
Chapada dos Guimarães MT
 
 
 
 
1. A COMUNIDADE DA CRUZ
 
2. A COMUNIDADE DA VIDA
 
3. A COMUNIDADE DO AMOR
4. A COMUNIDADE DO CARISMA
5. A COMUNIDADE DO REINO
6. COMUNIDADE DA VISÃO
 
 
 
 
 
IGREJA BATISTA BOAS NOVAS
Rua ERNESTO BOURET S/N –
Chapada dos Guimarães MT
batistaboasnovaschapada@hotmail.com
Pr. Samuel Vicente da Silva
 
 
 
1. A COMUNIDADE DA CRUZ

 
 
 
 
A necessidade da Cruz: Rm 3.23; 5.12-21; 6.23; 2Coríntios 4.4; Ef. 2.1-3; 1João 5.19 A obra da Cruz: Rm 3.21-26; 1Coríntios 15.3; 2Coríntios 5.18-21; Hebreus 9.26-28; 10.12; 1Pedro 3.18; 1João 1.7; Apc. 1.5,6 Os imperativos da Cruz: Lucas 9.23; João 3.16; Atos 2.22-47; 16.30,31; Rm 1.16,17; 5.1,2; 6.3,4; 10.1-17; Gálatas 2.20; 6.14
 
 
1. O que é o pecado?
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2. Qual a diferença entre pecar e estar no pecado? (1João 3.8-10)
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3. Como se caracteriza a vida de uma pessoa que está longe de Deus? (Efésios 2.1-3)
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4. Qual é a única maneira de uma pessoa se aproximar de Deus? (João 14.6; 2Cor 5.18-20)
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5. O que as palavras “graça” e “fé” tem a ver com o relacionamento do ser humano com Deus? (Efésios 2.8-10)
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6. Leia Efésios 1.3-14 e escreva os motivos pelos quais devemos louvar a Deus.
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ATERRISSANDO NA PALAVRA
1. O CONCEITO DE PECADO
A Bíblia define pecado utilizando pelo menos cinco palavras gregas. A mais comum é hamartia, que significa errar o alvo, e fala de um padrão que falhamos em atingir. Este padrão foi estabelecido por Deus, e é chamado de Lei Moral. A Lei é uma expressão do caráter de Deus, ou em outras palavras, a Lei é uma descrição de “como Deus funciona”. Quando Deus nos criou à sua imagem e semelhança, Ele compartilhou seu caráter conosco. Nesse sentido, a Lei de Deus é semelhante ao manual de instruções do Criador, Deus, a respeito do bom funcionamento da criatura, o ser humano. O pecado, portanto, é tudo aquilo que contraria o caráter de Deus expresso em sua Lei. O pecado é a pretensão humana em funcionar e fazer o mundo funcionar de uma forma não planejada por Deus.
2. A NECESSIDADE DA CRUZ
O pecado do ser humano trouxe conseqüências para toda a raça humana. Estas conseqüências explicam porque a Cruz de Cristo se tornou necessária. A palavra bíblica usada para descrever as conseqüências do pecado é morte (Romanos 3.23; 5.12-21; 6.23; Efésios 2.1-3). Em termos práticos, esta “morte espiritual” de que fala a Bíblia significa três coisas:
1. SEPARAÇÃO DE DEUS, simbolizada pela expulsão do Paraíso, que resulta em um novo status do relacionamento com Deus, agora não mais definido pela comunhão, mas pela rebeldia (Gênesis 3.22-24; Romanos 3.23)
2. SUJEIÇÃO AO DIABO, uma vez que o pecado foi uma aliança com a Serpente, em detrimento da submissão a Deus, o ser humano se tornou escravo do Diabo e seus espíritos malignos, pois perdeu a autoridade não apenas sobre o mundo natural como também sobre o mundo espiritual (2Cor. 4.4; Ef 2.1-3; 1João 5.19)
3. DEGENERAÇÃO DA IMAGEM DE DEUS, uma vez que o pecado é errar o alvo, isto é, viver num padrão conflitante ao caráter de Deus, este viver em conflito com Deus é também um viver em conflito consigo mesmo, é contrariar não apenas a natureza de Deus como também a própria natureza humana (Romanos 7).
       3. A OBRA DA CRUZ
       Todas as conseqüências do pecado do homem são sanadas pela cruz, onde Jesus Cristo:
1. SATISFEZ A JUSTIÇA DE DEUS: a Bíblia diz que Jesus Cristo morreu por nós (Lucas 22.19; João 10.11,15; Romanos 5.8; Efésios 5.2; 1Tessalonicenses 5.10; Tito 2.13,14) e também pelos nossos pecados (1Coríntios 15.3; Hebreus 9.26; 10.12; 1Pedro 3.18; 1João 1.7; Apocalipse 1.5,6), de modo que Jesus Cristo nos substituiu na cruz (Isaías 53.1-7; 2Coríntios 5.18-21) satisfazendo a justiça ultrajada de Deus e recebendo a condenação que pesava sobre nós.
2. DESTRUIU O DIREITO E O PODER DO DIABO: a Bíblia diz que Jesus Cristo se manifestou para desfazer as obras do Diabo (Mt 28.19; Lc 11.14-23; João 8.32, 34-36; Ef 1.20-23; Filipenses 2.9-11; 1 João 3.8; Gálatas 5.1; Apocalipse 1.16-18).
3. REGENEROU O SER HUMANO: em Cristo, não apenas o ser humano está justificado diante de Deus, livre do pecado e do Diabo, mas também é uma nova criatura (João 3.5-16; 2 Coríntios 5.17; Efésios 2.10).
A obra completa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, na cruz, pode ser resumida em quatro palavras:
1. REDENÇÃO: o pagamento do preço para o resgate pelo pecado ( 1 Pedro 1.18,19)
2. PROPICIAÇÃO: a satisfação da justiça de Deus ultrajada pelo pecado (Rm 3.24,25)
3. RECONCILIAÇÃO: a restauração do relacionamento com Deus (2 Cor. 5.18-21)
4. LIBERTAÇÃO: a vida fora dos limites e jugos de escravidão impostos pelo império das trevas (João 8.36; Ef. 2.1-7; Colossenses 1.13,14; Hebreus 2.14,15)
A obra completa de Deus Pai a partir da cruz de Cristo pode ser resumida em três palavras:
1. PERDÃO: o cancelamento da dívida (Colossenses 2.13,14)
2. JUSTIFICAÇÃO: a eliminação da culpa pelo pecado (Romanos 5.1; 8.1)
3. ADOÇÃO: a inclusão na família e a participação na herança de Deus em Cristo (Romanos 8.17; Gálatas 4.4,5; Efésios 1.4,5)
A obra completa do Espírito Santo de Deus a partir da cruz de Cristo pode ser resumida em cinco palavras:
1. REGENERAÇÃO: a nova vida resultante do novo nascimento (João 3.3-6)
2. HABITAÇÃO: a presença de Deus através do Espírito Santo (João 14.16,17,23)
3. SELO: a marca de propriedade de Deus e a garantia de que o relacionamento com Deus é inviolável (Efésios 1.13,14; Tiago 4.5)
4. BATISMO: a inclusão em Cristo e no corpo de Cristo (1Coríntios 12.12,13)
5. PENHOR: a garantia da herança em Cristo e a possibilidade de experimentar as primeiras bênçãos do céu (Romanos 8.23; Efésios 1.13,14)
4. OS IMPERATIVOS DA CRUZ
A obra de Cristo na cruz foi completa em termos de satisfazer a justiça de Deus, desfazer as obras do Diabo e restaurar o ser humano. Mas o Evangelho exige uma resposta humana, que o próprio Senhor Jesus indica: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23).
 
 
2. A COMUNIDADE DA VIDA

 
 
O Novo Nascimento: João 3.5,6,31; João 3.16; 5.24; 10.10; 11.25; 14.6; 20.30,31; 1João 5.11,12 O Novo Homem: Rm 8.28-30; 1Coríntios 15.42-49; 2Coríntios 3.18; 5.17; Gl 4.19; Ef 4.11-13; Cl 1.28,29; 2Pedro 1.4
A Nova Vida: 1Pedro 1.13-16; 2Coríntios 7.1; 1Tess. 4.1-8; 5.23; Hb 12.14; Rm 6.1-14; Filipenses 2.12,13; Colossenses 3.1-5
1. O que é necessário para que uma pessoa participe do reino de Deus? (João 3.3-6)
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2. Como pode uma pessoa nascer duas vezes? (João 3.16)
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3. Quais são as duas dimensões básicas de vida? (1Coríntios 15.42-49)
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4. Qual é o principal propósito de Deus para a vida de um Cristão? (Romanos 8.28-30)
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5. Qual é o padrão de integridade para a vida cristã? (1Pedro 1.13-16)
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ATERRISSANDO NA PALAVRA
 (João 3.16; 5.24; 10.10; 11.25; 14.6; 20.30,31; 1João 5.11,12). Muitas pessoas pensam na vida eterna como pós vida ou vida depois da morte, mas como vemos, a Bíblia ensina que a comunhão com Jesus nos dá acesso imediato à vida de Deus.
Os gregos usavam duas palavras para se referir à vida: bios, de onde derivamos nossa palavra em português que diz respeito à vida natural, compartilhada por todos os seres vivos, e zoé, a vida espiritual, própria de Deus. Quando Jesus disse que era necessário nascer de novo para que se pudesse entrar no reino de Deus, Ele estava se referindo a este acesso à vida zoé, vida de Deus. O primeiro nascimento é biológico, o segundo, espiritual. Este novo nascimento espiritual acontece quando uma pessoa se reconcilia com Deus através de sua fé em Jesus (João 3.16).
Ser cristão, portanto, não é apenas uma questão de crenças e perdão para pecados, mas a transformação pessoal, mediante a conversão e o novo nascimento, que nos dão acesso à experiência da vida eterna, que o apóstolo Pedro chama de “participar da natureza divina” (2Pedro 1.4). A salvação em Cristo, portanto, é essencialmente um tipo de relacionamento com Deus no qual o Espírito Santo nos possibilita experimentar mais e mais a vida abundante que há em Jesus.
2. O NOVO HOMEM
Deus está construindo uma nova humanidade a partir de Jesus Cristo (1Coríntios 15.42-49), de modo que o cristão não é apenas uma pessoa que tem seus pecados perdoados, mas fundamentalmente uma nova criatura, ou nova criação de Deus, um novo homem (2Coríntios 5.17). Cristão quer dizer “pequeno Cristo”. Nada mais verdadeiro para descrever alguém que experimentou o novo nascimento e agora vive predestinado a tornar-se semelhante a Jesus Cristo (Rm 8.28-30; 2 Cor. 3.18; Gl 4.19; Ef 4.11-13; Col. 1.28,29).
Este novo homem ou nova humanidade não diz respeito apenas ao cristão individualmente, mas também aos cristãos em unidade com Cristo. Este novo homem é, por assim dizer, um homem coletivo, pois a Bíblia chama a igreja de corpo de Cristo, como se Cristo e os cristãos formassem um homem, ou uma nova humanidade (Ef. 2.11-22; 1 Cor. 12.12,13).
3. A NOVA VIDA
O processo de transformação pessoal até nos tornarmos semelhantes a Cristo é chamado de santificação. Uma vez identificados com Cristo em sua morte e ressurreição, somos desafiados por Deus a andar em novidade de vida (Rm 6.3). Esta nova vida em Cristo possui o padrão do caráter de Deus, e, portanto deve ser uma vida santa (1Pd 1.13-16). Uma vida santa é totalmente dedicada a Deus em obediência, pureza e serviço (2Coríntios 7.1; 1Tessalonicenses 4.1-8; 5.23; Hebreus 12.14).
Este processo de santificação pode ser melhor compreendido com duas expressões: POSIÇÃO e CONDIÇÃO. Em termos de nossa POSIÇÃO, conforme já verificamos, nós cristãos estamos em Cristo, e compartilhamos de sua vida divina, mas em termos de nossa CONDIÇÃO, devemos agir diligentemente para nos apropriarmos e experimentarmos todas as riquezas espirituais que já são nossas em Cristo (Efésios 1.3; 1João 3.2). Leia os textos bíblicos indicados (Rm 6.1-14; Filipenses 2.12,13; Col. 3.1-5) e observe o quadro a seguir.
POSIÇÃO                                                             CONDIÇÃO
Morto com Cristo e vivo para Deus                                         Fazendo morrer a natureza terrena
Livre da escravidão do pecado                                    Oferecendo o corpo como escravo da justiça Deus opera em vós                                                                      Desenvolvei a vossa salvação
Cristo vos libertou                                                                                            Permanecei livres
CONCLUSÃO
A vida cristã não se explica por um conjunto de doutrinas e procedimentos morais, mas sim pelo relacionamento dinâmico com Cristo, sob a ação do Espírito Santo, que naturalmente resulta em um estilo de vida que reflete o caráter e a natureza de Deus. Por esta razão Jesus iniciou o Sermão do Monte, que descreve a ética do reino de Deus, descrevendo as pessoas bem-aventuradas, para mostrar que somente pessoas transformadas de dentro para fora podem viver de acordo com os padrões de Deus. Nesse caso, a essência da vida cristã está baseada no novo nascimento, que dá origem ao novo homem que é capaz de experimentar uma nova vida
PONDO OS PÉS NO CHÃO
1. Aliste os princípios fundamentais que você descobriu ou reafirmou através deste estudo da palavra de Deus.
2. Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.
3. Por que a cruz de Cristo foi necessária?
4. De que Cristo nos salva?
5. O que significa negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir a Jesus? (Lucas 9.23)
6. Você crê em Jesus como seu Salvador e Senhor? O que isto significa para você? (Romanos 10.9)
7. De que maneira Jesus espera que seus discípulos tornem pública a sua fé? (Mt 28.18-20; Marcos 16.16)
8. Como se distingue sua vida antes e depois de Cristo? (Romanos 6.3,4; 2Coríntios 5.17)
9. Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade da Cruz.
 
 
 
 
 
 3. A COMUNIDADE DO AMOR
SOBREVOANDO O TEXTO
A origem da Igreja: Mt 16.13-20; 1Pedro 2.4-7
A composição da Igreja: Atos 20.28; 1Coríntios 12.12,13; Ef 2.11-22; Apocalipse 5.9,10
As dimensões da Igreja: Mt 16.18; 18.15-17; Rm 16.3-5; 1Cor.s 1.2; 8.19  As dinâmica da vida da Igreja: 1Coríntios 12.13-27  O funcionamento da Igreja: Romanos 15.14; Gálatas 6.1,2; Colossenses 3.16; Tiago 5.16; 1Tessalonicenses 5.12-14; Efésios 4.11-16.
ILUMINANDO A PISTA
 1. Quem instituiu a Igreja? (Mateus 16.13-20)
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2. Quais são algumas metáforas bíblicas para a Igreja? (Atos 20.28; 1Coríntios 3.9; 12.12-31; Efésios 2.20-22; 3.14,15; 1Pedro 2.5,9)
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3. Quem pode fazer parte da Igreja? (Atos 2.41-47; 20.28)
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4. Qual a diferença entre o corpo de Cristo universal e a comunidade cristã local? (Mateus 16.18; 18.15-17)
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 5. Por que razão um cristão deve estar integrado em uma comunidade cristã local? (1Coríntios 12.21-26)
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 6. Qual é a maior característica da comunidade dos discípulos de Jesus? (João 13.34,35)
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ATERRISSANDO NA PALAVRA

INTRODUÇÃO

Eugene Peterson diz que “no momento em que confessamos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, isto é, no momento em que nos tornamos cristãos, nós nos tornamos ao mesmo tempo membros da igreja Cristã... mesmo que não permitamos que nosso nome seja inserido no rol de membros de uma igreja, mesmo que recusemos a identificação com uma congregação em particular, mesmo que estejamos ausentes das celebrações desta congregação. Nossa membresia na igreja é o corolário da nossa fé em Cristo. Jamais podemos ser cristãos e nos considerarmos desvinculados da igreja, assim como não podemos ser pessoas e não pertencer a uma família. Ser membro da igreja é um fato espiritual básico para todos aqueles que confessaram Cristo como Senhor. Não se trata de uma opção para cristãos que são mais gregários do que outros. Trata-se de uma parte essencial do processo da redenção ... A questão, portanto, não é: Farei parte da comunidade da fé?, mas sim: Como viverei na comunidade da fé?”.
1. A ORIGEM DA IGREJA
Deus está construindo uma nova humanidade através de Jesus Cristo (Efésios 2.11-22). O novo homem, nova criatura, nova criação de Deus, não é apenas o indivíduo, mas o “homem coletivo”, o corpo místico de Jesus Cristo, a nova humanidade. Quando Jesus declara que pretende edificar sua igreja, certamente está se referindo a esta nova humanidade (Mt 16.18).
Na primeira vez em que a palavra grega ecclesia é citada com referência à comunidade cristã, o Novo Testamento a coloca justamente na boca de Jesus, seguida de três declarações esclarecedoras a respeito da origem e fundamento Igreja (Mateus 16.13-20).
1.1. “Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”, indicando que a existência da Igreja não se explica pela iniciativa humana, mas pela prerrogativa divina em revelar seus mistérios.
1.2. “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”, que o apóstolo Pedro compreendeu ser uma auto-referência do Senhor Jesus, isto é, a pedra sobre a qual a igreja de Cristo está edificada é o próprio Cristo (1Pedro 2.7).
        1.3. “Eu edificarei a minha Igreja”, onde Jesus assume total responsabilidade pela viabilidade de sua comunidade.
2. A COMPOSIÇÃO DA IGREJA
Todos aqueles que estão “em Cristo” compõem o corpo de Cristo. E somente aqueles que estão “em Cristo” compõem o corpo de Cristo. A Igreja de Jesus Cristo é composta por pessoas compradas pelo sangue de Jesus Cristo, disse Paulo, apóstolo (Atos 20.28). Todos os cristãos foram mergulhados pelo espírito Santo no corpo de Cristo (1Coríntios 12.12,13). Todos os cristãos são pedras vivas que compõem o templo onde Deus habita pelo Espírito (Efésios 2.20-22; 1 Pedro 2.5; Apocalipse 5.9,10).
No dia do Pentecoste, a festa judaica narrada em Atos 2, o apóstolo Pedro pregou o primeiro sermão da era cristã. Lucas, o evangelista, disse que “os que aceitaram a mensagem de Pedro foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas”. Aquelas pessoa constituíram a primeira comunidade cristã local, cuja história está narrada em Atos 2.37-47. De acordo com o testemunho de Lucas, podemos dizer que em termos práticos, a igreja de Jesus é composta por pessoas que:
(1) aceitam o evangelho de Jesus Cristo (2.41)
(2) se arrependem de seus pecados e recebem o perdão de Jesus (2.38)
(3) se submetem ao batismo em nome de Jesus (2.38, 41)
(4) perseveram na doutrina dos apóstolos (2.42)
(5) reunem-se regularmente para a celebração do evangelho (2.42,46,47)
(6) assumem voluntariamente um compromisso de unidade de relacionamentos (2.44,45)
3. AS DIMENSÕES DA IGREJA: UNIVERSAL E LOCAL
A teologia chegou a um consenso de que todos os cristãos de todos os lugares e todos os tempos compõem a igreja corpo vivo e místico de Cristo, por isso que é chamado de Igreja universal (Mateus 16.18; Apocalipse 5.9,10).
Mas esta Igreja Universal se expressa historicamente através das centenas e milhares de comunidades cristãs locais: a igreja que está em Corinto, na casa de Áquila e Priscila, e assim por diante (Romanos 16.3-5; 1Coríntios 1.2 ). Por isso é que o Novo Testamento usa a palavra ecclesia para referir-se tanto à igreja quanto às igrejas (1Coríntios 8.19). Jesus, quando falou a respeito do processo de disciplina na igreja, fez referência à comunidade cristã local, pois seria um absurdo de interpretação imaginar que o irmão em pecado fosse apresentado à igreja em sua dimensão universal (Mateus 18.15-17).
O Novo Testamento deixa claro que a comunhão com Jesus Cristo, que implica na identificação com seu corpo místico universal, deve resultar na participação comunitária.
4. A DINÂMICA DA VIDA DA IGREJA
A figura usada pelo apóstolo Paulo para descrever a igreja: corpo de Cristo estabelece um paralelo entre a comunhão histórica dos cristãos com a realidade do corpo humano, e salienta pelo menos três princípios que devem nortear a vida em comunidade (1Coríntios 12.13-27).
4.1. A unidade do corpo de Cristo: “o corpo não é um membro, mas muitos ... porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora sendo muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo ... há muitos membros, mas um só corpo”
4.2. A diversidade do corpo de Cristo: “Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo, nem por isso deixará de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?”.
4.3. A mutualidade do corpo de Cristo: “E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários... para que todos os membros tenham igual cuidado uns dos outros”.
5. O FUNCIONAMENTO DA IGREJA
Um dos aspectos de nossa humanidade criada à imagem e semelhança de Deus é a vocação para os relacionamentos interpessoais. O mistério da Santíssima Trindade indica que Deus é um só, mas em três pessoas: Deus é uma unidade perfeita de relacionamentos entre três pessoas que compartilham a mesma essência.
A igreja de Jesus funciona a partir de uma rede de relacionamentos interpessoais, bem exemplificado através da metáfora do corpo vivo (1Coríntios 12.12-31), onde todos os membros se necessitam e devem estar em contato harmônico uns com os outros para que não apenas eles mesmos sobrevivam, mas também e principalmente, para que o corpo inteiro seja preservado.
O Novo Testamento ensina que a rede de relacionamentos entre cristãos implica mutualidade. A expressão bíblica para tornar prática esta mutualidade é “uns aos outros”, que chamamos de “mandamentos recíprocos”, como por exemplo levar as cargas uns dos outros, aconselhar uns aos outros, confessar pecados uns aos outros, orar uns pelos outros. Por esta razão, cremos que tão certo quanto dizer que pessoas precisam de Deus, é afirmar que pessoas precisam de pessoas (Rm 15.14; Gálatas 6.1,2; Colossenses 3.16; Tiago 5.16).
Nesse caso, compreendemos que uma igreja cristã é tão saudável quanto saudável sua rede de relacionamentos interpessoais. Compreendemos também a diferença entre o ministério dos pastores da igreja e o ministério pastoral da igreja (1 Tess. 5.12-14). De acordo com o Novo Testamento o ministério dos pastores da igreja é viabilizar a rede de relacionamentos de mutualidade para que a igreja cumpra seu ministério pastoral, a fim de que “todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresça e edifique a si mesmo, na medida em que cada parte cumpra a sua função” (Efésios 4.11-16).
CONCLUSÃO
O Senhor Jesus Cristo deixou claro qual seria a experiência espiritual que causaria maior impacto no mundo: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei, que também uns aos outros vos ameis. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13.34,35).
PONDO OS PÉS NO CHÃO
1. Aliste os princípios fundamentais que você descobriu , reafirmou através deste estudo .
2. Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.
3. Aliste algumas razões pelas quais a integração na comunidade cristã local é imprescindível para a vida cristã saudável.
4. Quais são os grandes obstáculos contemporâneos para a integração de um cristão na comunidade cristã local?
5. Qual é a diferença entre o ministério dos pastores da igreja e o ministério pastoral da igreja?
6. Como podemos harmonizar a responsabilidade dos pastores pela vida da igreja e a responsabilidade dos cristãos uns para com os outros?
7. Quais são as maneiras pelas quais o amor pode se tornar prática na dinâmica cotidiana de uma comunidade cristã local?
8. Como podemos avaliar se uma pessoa está de fato integrada em uma comunidade cristã local?
9. Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade do Amor.
 
 
4. A COMUNIDADE DO CARISMA

 
 
SOBREVOANDO O TEXTO
 O ministério do Espírito: João 14.16,17, 25,26; 15.26,27; 16.7-15
O batismo no Espírito: Mateus 3.11,12
O fruto do Espírito: Gálatas 5.22,23
A vida no Espírito: Gálatas 5.16-26
A plenitude do Espírito: Efésios 5.18-21
Os dons do Espírito: Romanos 12.5-8; Efésios 4.11; 1Coríntios 12-14; 1Pedro 4.10,11
As visitações do Espírito: Mateus 3.16,17; Lucas 10.21; Atos 4.31; 7.55
ILUMINANDO A PISTA
 1. Qual é a relação entre o Espírito Santo e a conversão a Cristo?
(João 3.1-16)
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2. Como a Bíblia descreve o relacionamento do discípulo de Jesus com o Espírito Santo? (1 Coríntios 6.19,20)
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3. Quando começa o relacionamento de uma pessoa com o Espírito Santo? (Ef 1.12-14)
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4. Qual é a relação entre o Espírito Santo e a participação do cristão no corpo de Cristo? (1Coríntios 12.12,13)
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5. O que o Espírito Santo faz pelos discípulos de Jesus? (Rm 8.1-30)
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6. Qual a relação entre o Espírito Santo e a maturidade do discípulo de Jesus? Como você descreve um discípulo maduro? (2Coríntios 3.18)
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7. Como o Espírito Santo atua para promover a edificação do corpo de Cristo? (1Coríntios 12.1-31)
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8. Por que a participação nos ajuntamentos cristãos é importante para a vida cristã? (1Coríntios 14.26-40; Efésios 5.18-21)
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ATERRISSANDO NA PALAVRA
INTRODUÇÃO
John Wimber dizia que a vida cristã é naturalmente sobrenatural, o que equivale dizer que somente se explica e se processa sob a interferência e ação do Espírito Santo de Deus.        O relacionamento de um cristão com o Espírito Santo pode ser descrito através de cinco experiências.
1. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
A experiência do novo nascimento é também descrita como “batismo no Espírito Santo”, quando uma pessoa é selada com o Espírito, recebe o Espírito Santo (At. 19.1,2; Rm 8.9; Efésios 1.13,14). Por esta razão a Bíblia diz que o cristão é o templo do Espírito Santo, isto é, é habitado pelo Espírito Santo (1Coríntios 3.16; 6.19,20). O Espírito Santo, entretanto, habita não apenas o cristão individualmente, mas também todos os cristãos como se fossem uma pessoa somente, por isso a Bíblia diz que no momento em que somos batizados no Espírito Santo, somos também integrados ao corpo de Cristo, a unidade mística de todos os discípulos de Jesus Cristo (1Coríntios 12.12,13).
Sendo assim, estes fatos simultâneos: selo, penhor, habitação e integração no corpo de Cristo são identificados pela expressão batismo no Espírito Santo. E, considerando que batismo é uma palavra que significa imersão, podemos compreender que o cristão é aquele que foi imerso no Espírito Santo e em quem o Espírito Santo foi igualmente imerso.
2. O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Uma vez em comunhão com o Espírito Santo, a Bíblia nos ensina que devemos buscar ser cheios do Espírito Santo, isto é, viver na plenitude do Espírito, sendo guiados e totalmente controlados por ele.Esta experiência de ser cheio do Espírito Santo é uma ordem para todos os cristãos e implica um processo de rendição ao Espírito Santo através do qual podemos experimentar mais e mais da vida de Cristo em nós (Gálatas 5.16-18; Efésios 5.18).
A grande evidência de que uma pessoa está rendida à influência do Espírito Santo é a manifestação do caráter de Cristo em sua vida. Este caráter foi descrito pelo próprio Senhor Jesus nas Bem-aventuranças (Mateus 5.1-12), e também pelo apóstolo Paulo, que o chamou de fruto do Espírito (Gálatas 5.22,23), indicando que não há esforço humano que possa produzir esta qualidade de vida, somente possível se o Espírito Santo a produzir.
3. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
Considerando que os cristãos são habitados pelo Espírito Santo tanto individual quanto coletivamente, cada cristão na dinâmica de sua experiência comunitária, recebe uma prova da presença do Espírito Santo (1Corintios 12.7 - BLH). Estas manifestações do Espírito Santo na comunidade dos cristãos são chamadas de dons espirituais ou dons do Espírito, através dos quais todos os cristãos se abençoam mutuamente para que experimentem mais e mais o caráter de Cristo, o fruto do Espírito, a qualidade da vida divina (Romanos 12.5-8; 1Coríntios 12-14; Efésios 4.11-16; 1Pedro 4.10,11).
De acordo com 1Coríntios 12 a 14, o maior texto bíblico a respeito deste assunto, podemos afirmar que:
 
1. Todos os cristãos possuem dons espirituais (12.7)
2. O Espírito Santo de Deus é quem determina quando, como e através de quem se manifesta (12.11)
3. Os dons espirituais existem para beneficiar a comunidade cristã como um todo (12.7)
4. Existe uma hierarquia de dons espirituais, sendo todos igualmente importantes (12.21-25), mas nem todos circunstancialmente relevantes (12.28; 14.1)
5. Os dons espirituais devem ser exercidos na dinâmica do amor fraternal (13.1-13)
6. Os dons espirituais devem ser exercidos com decência e ordem de modo que seus propósitos de benefícios para toda a comunidade não sejam desvirtuados (14.33,40)
7. Os cristãos devem buscar conhecer e experimentar as manifestações do Espírito Santo na vida em comunidade (12.31)
4. AS VISITAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO
As manifestações do Espírito Santo na vida dos cristãos e de suas comunidades geralmente acontecem a toda hora e todos os dias, num processo ininterrupto onde cada cristão é usado pelo próprio Espírito Santo para o bem comum. Isto quer dizer que nem todas as manifestações do Espírito Santo são espetaculares e explícitas. Jesus agiu no poder do Espírito Santo e liberou este poder para curar pessoas (Lc 4.18-21), mas nem sempre estas manifestações poderosas foram acompanhadas de sinais externos visíveis ou sensíveis àqueles que estavam ao redor (Lc 8.43-48).Mas a Bíblia também registra momentos específicos quando o Espírito Santo manifesta sua presença de maneira eventual tendo em vista adensar a experiência de um cristão ou uma comunidade cristã em sua intimidade com Deus (Mt 3.13-17; Lc 10.21; At 2.1-4; 4.31; 7.55; 13.9). Esta experiência se explica pelo fato de que o Espírito Santo está não apenas EM o cristão e sua comunidade, mas também SOBRE o cristão e sua comunidade.
CONCLUSÃO
O batismo no ou com o Espírito Santo acontece no momento da conversão a Cristo (Atos 19.2; Efésios 1.13,14; Romanos 8.9), e a partir de então o cristão entra em um relacionamento dinâmico com Deus. Neste relacionamento o cristão possui uma parcela considerável de responsabilidade para que o Espírito Santo atue livremente em sua vida e sua comunidade (1Coríntios 3.1; 12.31; Efésios 4.30; 5.18; 1Tessalonicenses 5.19).
PONDO OS PÉS NO CHÃO
1. Aliste os princípios fundamentais que você descobriu ou reafirmou através deste estudo da palavra de Deus.
2. Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.
3. Por que o Espírito Santo é imprescindível para o êxito do discipulado?
4. Faça uma avaliação de sua vida cristã à luz do fruto do Espírito.
5. Quais são os aspectos do ministério do Espírito Santo que você mais deseja ou necessita?
6. Você sabe quais são os seus dons espirituais? Isto é, você é capaz de identificar a maneira como o Espírito Santo geralmente se manifesta através de você para abençoar pessoas?
7. De que maneira você experimenta a presença de Deus? Quando foi a última vez que você percebeu ou discerniu claramente a presença e atuação de Deus ao seu redor?
8. Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando
 
5. A COMUNIDADE DO REINO

 
 
 
   A Comunidade do Carisma.
 
SOBREVOANDO O TEXTO
 O significado do reino: Mt 4.23-25; Mc 1.14,15; Ef 1.10,18-23; Filipenses 2.9-11; Colossenses 1.15-20
A promessa do reino: Mc 10.28-31; Lc 20.35; 2Coríntios 4.16-5.1; Judas 25
As dimensões do reino: Mc 1.14,15; Mt 12.28; Lc 4.19-21; Rm 8.18-25; 1João 3.2; Rm 14.17; Lc 17.20-24
Os sinais históricos do reino: Lc 4.18-21; 7.20-24; At 2.22; Hb 2.1-4; João 14.12-14; 17.18; 20.21
ILUMINANDO A PISTA
 1. Qual foi a mensagem central de Jesus? (Marcos 1.14,15)
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2. Como Jesus demonstrou a realidade do reino de Deus? (Lucas 4.18-21; 7.20-22)
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3. Qual é a essência do reino de Deus? (Romanos 14.17)
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4. Qual é o papel da Igreja em relação ao reino de Deus? (Ef 1.18-23)
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5. Você acredita que o reino de Deus pode ser implantado na terra? Por que? (Mateus 25.34; 26.29; Apocalipse 21.1-7)
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ATERRISSANDO NA PALAVRA

INTRODUÇÃO

Os evangelhos registram que nenhum outro assunto mereceu tanta atenção de Jesus quanto o reino de Deus. A expressão basileia, com referência ao reino de Deus aparece 111 vezes no Novo Testamento. O ministério de Jesus pode ser descrito em resumo pelas seguintes palavras: “Percorria Jesus todas as aldeias e cidades convocando todas as pessoas ao arrependimento para que pudessem entrar no reino de Deus” (Mt 4.23-25; Mc 1.14,15).
1. O SIGNIFICADO DO REINO DE DEUS
Reino é uma expressão que denota autoridade e governo. Em termos simples, o reino de Deus equivale ao domínio de Deus sobre todas as coisas no céu, na terra e debaixo da terra, neste mundo e no mundo porvir (Ef. 1.10,18-23; Fil. 2.9-11; Col. 1.15-20).
2. A PROMESSA DO REINO DE DEUS
É evidente que, muito embora Deus seja soberano sobre todo o universo criado, seu domínio ainda não é completo, de modo que muitas coisas acontecem ainda no mundo que contrariam a perfeita vontade de Deus. Haverá, entretanto, um dia, quando Deus exercerá seu domínio em perfeição, e esta é a grande esperança cristã: o novo céu e a nova terra (1Cor. 15.13-28; Ef. 1.18-23; Ap. 21).
Os profetas afirmaram que Deus é tanto um Rei quanto aquele que se tornará Rei (Isaías 24.23; 33.22; 52.6,7; Sofonias 3.14-20; Zacarias 14.9). O Novo Testamento fala da era vindoura e do mundo porvir (Marcos 10.28-31; Lucas 20.35; 2Coríntios 4.16-5.1; Judas 25): o tempo quando o reino de Deus será consumado, e todos os filhos de Deus estarão à mesa para a celebração final (Mateus 25.34; 26.29).
3. AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS
3.1. Já e Ainda não O reino de Deus que será consumado no futuro escatológico já está inaugurado na pessoa e obra de Jesus Cristo. Jesus é o portador do reino de Deus, e em Cristo, todos já podemos experimentar os primeiros frutos da ação soberana de Deus na história e no universo (Marcos 1.14,15; Mateus 12.28; Lucas 4.19-21; Romanos 8.18-25; 1João 3.2).
Por esta razão podemos dizer que a vida cristã se processa no equilíbrio entre o já e o ainda não. Por exemplo, já somos filhos de Deus, mas ainda não fomos plenamente transformados à imagem de Deus (1João 3.2); o diabo já está vencido, mas ainda não está impedido de atuar no mundo (Mt 12.29); já estamos em Cristo, mas a nossa natureza humana que nos possibilita pecar ainda não foi completamente erradicada de nós (Rm 6.4-7; 7.14-25).
Já recebemos a vida abundante que há em Jesus, mas ainda não fomos completamente redimidos das vulnerabilidades de nosso corpo mortal (João 5.24; 10.10; Romanos 8.18-23; 1João 5.11,12; 1Coríntios 15.42-49).
3.2. Dentro de vós e Sobre vós
Considerando que o reino de Deus é o domínio e o governo de Deus, em primeiro lugar este reino deve se estabelecer em nossas vidas, de dentro para fora (Romanos 14.17), para que depois e gradativamente vá se estabelecendo à nossa volta. Jesus ensina que o reino de Deus não vem com visível aparência, de modo que os discípulos não devem ficar procurando onde está o reino, pois “ele está dentro de vós” (Lucas 17.20-24).
Mas Jesus também disse que deveríamos orar pedindo a Deus que seu reino viesse sobre nós, e que sua vontade fosse feita na terra como é feita no céu (Mateus 6.9). Nesse caso, podemos e devemos esperar os sinais históricos de que o Deus soberano está no controle, e manifestando sua glória não somente em, mas também através daqueles que o buscam (Lucas 7.18-23).
4. OS SINAIS HISTÓRICOS DO REINO DE DEUS
As primeiras palavras públicas de Jesus apontaram para o fato de que o reino de Deus havia sido inaugurado (Lucas 4.18-21). Jesus chama para si o cumprimento da profecia messiânica e a promessa de um reino de paz e justiça proclamada por Isaías (61.1-3; 7.14,15; 9.6,7). Os sinais realizados por Jesus foram confirmações de que ele era mesmo o Messias prometido (Lucas 4.18-21; 7.20-24; Atos 2.22; Hebreus 2.1-4).
A Igreja, responsável por dar continuidade ao ministério terreno de Jesus (João 14.12-14; 17.18; 20.21), deve fazer as mesmas obras de Jesus. Evidentemente, não estamos falando necessariamente de andar sobre as águas, multiplicar pães e peixes, acalmar tempestades e fazer murchar figueiras, pois nem mesmo os apóstolos realizaram tais feitos. Estamos falando sim dos sinais indicados em Lucas 4.18-21, que podemos resumir em três palavras:
(1) Salvação: a reconciliação do ser humano com Deus                               
(2) Libertação: a liberdade da escravidão do império das trevas
(3) Restauração: a reconstrução da vida em todas as suas dimensões
5. A RELAÇÃO MUNDO-IGREJA-REINO
A expressão “mundo”, na Bíblia, possui pelo menos três significados. A palavra é usada para designar o universo criado, a terra, o cosmos (Salmo 24.1). Pode também se referir a um sistema de vida, um espírito de época (Romanos 12.2; 1João 2.15-17). Finalmente, pode designar pessoas, nesse caso, “mundo humanidade” (João 3.16).
O propósito eterno de Deus é o estabelecimento do seu reino: seu domínio de fato e de direito de Deus sobre o mundo em todas as suas dimensões.
Todos os cristãos esperamos o dia quando a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor como as águas cobrem o mar, conforme profetizado no Antigo testamento pelo profeta Habacuque (2.14).
A igreja de Jesus Cristo possui um papel extraordinário na concretização deste propósito. A igreja, portanto, é a parte do mundo-humanidade, submissa ao domínio de Deus e responsável por sinalizar o reino de Deus historicamente (Efésios 1.18-23). É fato que a igreja não está implantando o reino de Deus, pois ele será implantado apenas na eternidade, quando o Filho do Homem vier em toda a sua glória (Mateus 25.31-46). Mas a igreja está anunciando o reino de Deus e convocando as pessoas a que se arrependam para que possam entrar e fazer parte deste reino (João 3.1-8). E, enquanto anuncia o reino, a igreja é também um sinal de que este reino está presente (Mateus 5.13-16).
CONCLUSÃO
A visão do propósito de Deus em estabelecer seu reino eterno promove a harmonia de todos os módulos que estudamos até agora. Observe:
                             A CRUZ Foi na cruz que Jesus venceu e constituiu pessoas de toda tribo, raça língua e nação como reino e sacerdotes para Deus. É em resposta à obra da cruz, aos benefícios da cruz e aos imperativos da cruz que a igreja existe (Mt 28.28-20; Col. 2.13-15; 1Cor. 2.1-5; Ap 5.9,10).
                               A VIDA Aquele que está em Cristo passou pelo novo nascimento, que gerou o novo homem, que experimenta a nova vida. A salvação em Cristo, portanto, é essencialmente um tipo de relacionamento com Deus no qual o Espírito Santo nos possibilita experimentar mais e mais a vida abundante que há em Jesus (Mt 5-7; Rm 8.28-30; 2Cor. 3.18; 5.17; Gálatas 4.19; Efésios 4.12,13; Colossenses 1.28).
                             O AMOR Todos quantos nasceram de novo em Cristo são desafiados a expressar o amor de Cristo, testemunhando assim que são de fato discípulos de Cristo. Nesta dinâmica de relacionamentos cremos que tão certo quanto dizer que pessoas precisam de Deus, é afirmar que pessoas precisam de pessoas (Mateus 16.13-20; João 13.34,35; Atos 2.41-47).
                             O CARISMA A autoridade de Cristo compartilhada com a Igreja para que ela seja um sinal histórico do reino de Deus é acompanhada da promessa do derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne. A igreja de Cristo é portanto capacitada através do batismo no Espírito, para que experimente o fruto do Espírito, na dinâmica dos dons do Espírito, sob constantes visitações do Espírito (Joel 2.28-32; Atos 1.8; Atos 2.16-21).
O REINO A igreja de Cristo é portadora da promessa do reino, protagonista dos sinais históricos do reino, e vive na esperança da consumação do reino (Marcos 1.14,15).
PONDO OS PÉS NO CHÃO
1. Aliste os princípios fundamentais que você descobriu através deste estudo .
2. Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.
3. Como o conceito do estabelecimento perfeito do reino de Deus ajuda você a compreender o novo céu e a nova terra?
4. Quais são os sinais contemporâneos da presença do reino de Deus?
5. Quais são algumas maneiras práticas de sua comunidade cristã local sinalizar o reino de Deus na história?
6. Como você interpreta a promessa de Jesus: “Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas”? (João 14.12-14)
7. Descreva com suas palavras a relação entre os conceitos CRUZ – VIDA – AMOR – CARISMA – REINO.
8. Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade do Reino.
6. COMU
6. COMUNIDADE DA VISÃO
NIDADE

 
 
SOBREVOANDO O TEXTO
 Visão = Mt 5.1-16; Lucas 4.18-21; João 14.12-14;
Missão = Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; João17.18; 20.21
Filosofia de = Atos 2.41-47; 7.47-50; 1Coríntios 10.31; Colossenses 2.16,17;
Ministério = 1Tess. 5.12-14; 1Pedro 2.9,10;
 
ILUMINANDO A PISTA
 1. Qual é a tarefa permanente (missão) da Igreja?
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2. Quais são os sinais históricos do reino de Deus? (Lucas 4.18-21; 11.20)
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3. Como podemos descrever a obra de Cristo na vida de uma pessoa? (Marcos 5.1-20)
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4. Como podemos descrever o cotidiano de uma comunidade cristã? (Atos 2.41-47)
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5. Como podemos aplicar 1Coríntios 10.31 na vida de um cristão e sua comunidade?
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ATERRISSANDO NA PALAVRA
 VISÃO = IBBN = (igreja batista boas novas).
A visão descreve um status futuro de uma organização. Olhando para o futuro, como imaginamos a IBBN? O que queremos ser, como igreja, no futuro?
 Nossa resposta é bíblica. A IBBN quer ser um sinal histórico do reino de Deus. Cremos que o ministério da Igreja é extensão do ministério terreno de Jesus: “assim como o Pai me enviou ao mundo, eu também vos envio” (João 17.18; 20.21). Nesse caso, cremos que Jesus inaugurou o reino de Deus, isto é, começou a trazer de volta todo o Universo criado para o controle de fato e de direito de Deus. Com Jesus, à vontade de Deus começa a ser feita na terra assim como é feita no céu (Mateus 6.10).
A IBBN quer poder dizer a mesma coisa que Jesus dizia aos seus contemporâneos: “o reino de Deus chegou até vós” (Lucas 11.20).
Por ser uma extensão do ministério terreno de Jesus, a igreja, e, portanto, a IBBN, deve protagonizar os mesmos fenômenos através dos quais Jesus sinalizava a chegada do reino de Deus. Não estamos falando, entretanto, de sinais e milagres, mas sim dos frutos do ministério de Jesus, que resumimos em três expressões: salvação, libertação e restauração. Através do ministério de Jesus as pessoas se reconciliavam com Deus e eram salvas, eram libertas da escravidão do império das trevas, e tinham suas vidas completamente restauradas. O melhor exemplo desta ministração integral é o chamado “endemoninhado gadareno” (Marcos 5.1-20).
A IBBN quer ser um sinal histórico do reino de Deus. Olhando para o futuro, vemos que a IBBN, sendo uma comunidade cristã, pode ser comparada a “uma cidade edificada sobre o monte”, composta por pessoas transformadas por Jesus (Mateus 5.1-12), ativas em boas obras que servem de sinal da presença e manifestação de Deus no mundo (Mateus 5.13-16).
MISSÃO
Para concretizar sua Visão de ser um sinal histórico do reino de Deus, a IBBN possui uma Missão. Enquanto a Visão descreve o status futuro, a Missão descreve a atividade permanente da organização. Isto é, o que a IBBN precisa fazer para se tornar um sinal histórico do reino de Deus? A resposta a esta pergunta define a Missão da IBBN.
A missão deixada pelo Senhor Jesus aos primeiros discípulos deve ser o referencial para a missão da Igreja (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.46,47; Atos 1.8). Dos registros da chamada Grande Comissão podemos deduzir alguns princípios fundamentais:
(1) A abrangência da missão da Igreja é ilimitada. O texto de Mateus fala a respeito de toda autoridade, toda a divindade, todas as nações, todas as ordens do novo Rei, todos os dias. A abrangência deste comissionamento indica que a missão da Igreja extrapola a conversão do indivíduo, sendo, na verdade, um projeto global de redenção.
(2) O conteúdo da proclamação da Igreja envolve “todas as coisas que Jesus mandou”, e isto abrange muito mais do que o plano da salvação. O evangelho todo, ou “todo o conselho de Deus”, como disse o apóstolo Paulo (Atos 20.27), inclui a totalidade do propósito de Deus para a sua criação.
(3) O comissionamento da Igreja está alicerçado no fato de que toda a autoridade está de volta nas mãos do Senhor Jesus. A Igreja é responsável por proclamar que o Universo tem um novo soberano, que o tempo da rebeldia cessou e que o reino de Deus foi inaugurado. Esta, na verdade, é a boa nova: haverá uma “consumação dos séculos”, um fim bom para a criação e a instalação do reino eterno de Deus, e dele farão parte todos aqueles que a partir de agora se submeterem ao novo Rei, todos aqueles que se “arrependerem, e forem redimidos de seus pecados” (Marcos 1.14).
O fim último da missão da Igreja não é a conversão em massa de pecadores, mas a instalação definitiva do reino de Deus: “Santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu” (Mateus 6.9,10). Como bem disse John Stott “não devemos separar a salvação do reino de Deus. Na Bíblia, estes dois são virtualmente sinônimos, modelos alternativos que descrevem a mesma obra de Deus. Quando Jesus disse aos seus discípulos: ‘quão difícil é entrar no reino de Deus’, parece ter sido natural que eles respondessem com a pergunta: ‘Então, quem pode ser salvo?’ (Mc 10.24-26). É evidente que, para eles, entrar no reino de Deus era o mesmo que ser salvo”.
Em síntese, Deus não está resgatando apenas pessoas, está resgatando o Universo e restaurando a plena ordem e harmonia cósmica sob os pés do Senhor Jesus. À luz desta compreensão, devemos concordar com o relatório do Congresso Mundial de Evangelização Lausanne quando afirma que a missão da Igreja é levar o evangelho todo para o homem todo, para todos os homens, promovendo a manifestação histórica do reino de Deus como um sinal do que serão o novo céu e a nova terra. Isto define a ação integral da Igreja, que deve estar no mundo como o Senhor Jesus no mundo esteve: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (João 20.21).
A missão da Igreja, e por conseguinte da IBBN, é levar o evangelho todo para o homem todo.
Quando falamos em evangelho todo, consideramos que evangelizar é, literalmente, anunciar boas notícias. Mas, que boas notícias são estas? São as notícias a respeito do reino de Deus, inaugurado no ministério terreno de Jesus Cristo. Evangelizar é convocar pessoas para que se rendam ao novo Rei para que possam participar do seu reino eterno, o que implica no apêlo à conversão mediante o arrependimento e a fé, bem como no desafio do discipulado, mediante o “negar-se a si mesmo” para seguir integralmente a Jesus
(Mt 16.24,25). A IBBN compreende que evangelizar é mais do que fazer convertidos, é fazer discípulos que obedecem todas as coisas que Jesus mandou (Mt 28.19,20). A evangelização bíblica insiste que a conversão não é um ponto de chegada, mas apenas o início de uma nova vida, agora completamente submissa a Jesus Cristo, sob a ação do Espírito Santo de Deus (2Coríntios 5.14,15).
Também, quando falamos em homem todo, lembramos do ditado que diz: “Corpo sem alma é defunto; alma sem corpo é fantasma”. O evangelho destina-se ao ser humano completo: corpo, alma, espírito; e, portanto, diz respeito às questões emocionais, psíquicas, sociais, intelectuais, físicas e, principalmente, espirituais.
O homem não é um ser compartimentalizado. É uma unidade indivisível, sendo que suas dimensões de vida estão entrelaçadas e afetando-se mutuamente. O evangelho, porque é relevante para o espírito - que é a dimensão fundamental da vida humana - também é relevante para a saúde física, mental, psíquica, relacional, enfim, saúde integral.
Integral é, portanto, o adjetivo chave da missão da IBBN no mundo. O evangelho que anunciamos é integral, completo, o evangelho todo. E de igual modo, falamos ao ser humano integral, completo, o homem todo.Por estas razões, definimos que a missão da IBBN é levar o evangelho todo para o homem todo.
FILOSOFIA DE MINISTÉRIO
Sabemos que a IBBN quer ser um sinal histórico do reino de Deus. Para que isso aconteça, a IBBN deve levar o evangelho todo para o homem todo. Mas, cada igreja tem sua própria maneira de cumprir sua missão. Esta maneira peculiar, este jeito próprio de ser, chamamos de filosofia de ministério. A filosofia diz respeito às ênfases e valores peculiares de cada igreja local. É no conceito de filosofia que as comunidades deixam transparecer seu jeito de pensar e seus padrões de comportamento Nesse caso, não podemos encontrar uma filosofia de ministério comum a todas as Igrejas. Cada comunidade cristã é responsável por elaborar sua filosofia à luz das bases bíblicas e teológicas.
A IBBN deriva sua filosofia avaliando a realidade religiosa contemporânea à luz dos referenciais do Velho e Novo Testamentos, como segue:
              ESTRUTURA
VELHO TESTAMENTO
HOJE
NOVO TESTAMENTO
Atividade
Culto (Dt 12.11,12)
Culto
Todas (1Co 10.31)
Dia
Sábado (Ex 20.8)
Domingo
Todos (Cl 2.16,17)
Local
Templo (2Cr 7.12)
Templo
Todos (At 7.47-50)
Pessoas
Sacerdotes (Dt18.1-8)
Pastores
Todas (1Pe 2.9,10)
Não bastasse o padrão bíblico neotestamentário, a própria missão da IBBN nos empurra para fora dos limites culto-clero-domingo-templo. Uma igreja que pretende levar o evangelho todo para o homem todo não pode ficar restrita aos eventos esporádicos de finais de semana. À luz desta compreensão, a IBBN declara que sua filosofia de ministério implica priorizar relacionamentos envolvendo todos os seus membros além dos limites culto-clero-domingo-templo. Esta declaração de filosofia traz consigo três princípios fundamentais da Escritura.
Não bastasse o padrão bíblico neotestamentário, a própria missão da IBBN nos empurra para fora dos limites culto-clero-domingo-templo. Uma igreja que pretende levar o evangelho todo para o homem todo não pode ficar restrita aos eventos esporádicos de finais de semana.
À luz desta compreensão, a IBBN declara que sua filosofia de ministério implica priorizar relacionamentos envolvendo todos os seus membros além dos limites culto-clero-domingo-templo. Esta declaração de filosofia traz consigo três princípios fundamentais da Escritura.
1. Pessoas precisam de Deus; pessoas precisam de pessoas.
Relacionamentos é a palavra chave da vida da IBBN. Toda a Escritura está alicerçada na afirmação de Deus: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2.18). Desde então, “melhor é serem dois do que um” (Eclesiastes 4.12). Cremos na Igreja como corpo de Cristo, no sentido em que Cristo age no mundo através da Igreja (Atos 1.1); isto é, Cristo age no mundo através de pessoas.
Discipulado se faz através de relacionamentos. Discipular é ensinar a guardar todas as coisas que o Senhor Jesus mandou (Mateus 28.19,20). Paulo, apóstolo fez isso mostrando os bastidores de sua vida para que seus discípulos pudessem ver o evangelho funcionando (2Timóteo 3.10-12).
O cuidado do rebanho se faz através de relacionamentos, pois “admoestar os insubordinados, consolar os desanimados e amparar os fracos” é dever de todos os cristãos (1Tessalonicenses 5.14), mesmo porque a dinâmica da igreja está alicerçada nos mandamentos recíprocos (uns aos outros), abundantemente enfatizados no Novo Testamento.
Ministérios são desenvolvidos através de relacionamentos. Ministério, serviço, não é algo ligado a estruturas e programas, mas sim a pessoas. Não importa qual seja a área de atuação da igreja, A IBBN se propõe a desenvolvê-la através de relacionamentos. Não basta a oferta financeira mensal para missões, é necessário o contato com os missionários no campo. Não enfatizamos a evangelização em massa, mas sim o evangelismo pessoal. Não nos contentamos em distribuir cestas básicas aos necessitados, mas nos preocupamos em atender às necessidades integrais daqueles que recebem nossa ajuda. Enfim, valorizamos sempre o contato pessoa-pessoa.
2. Todo cristão é um ministro.
Uma das mais extraordinárias verdades resgatadas pela Reforma Protestante foi a doutrina do sacerdócio universal de todos os cristãos. Isto é, todos os cristãos têm livre acesso a Deus por meio de Jesus Cristo, e todos os cristãos têm a autoridade e todos os recursos necessários para representar o Senhor Jesus no mundo.
Isto implica dizer que o ministério é tarefa de todo o povo de Deus, e não apenas dos ministros ordenados. Ministério não é apenas o trabalho dos pastores da Igreja. Todo serviço cristão realizado por amor a Cristo e ao próximo é ministério (gr. diakonia).
O Espírito Santo dá dons e ministérios a todos e cada um dos cristãos (1Coríntios 12.4-7, 11; 1Pedro 2.9,10), e justamente nesta compreensão é que afirmamos que todo cristão é um ministro, o que justifica o fato de que a IBBN quer cumprir sua missão através de todos os seus membros. A edificação (crescimento qualificado) de uma comunidade cristã está na proporção direta de sua capacidade de mobilizar todos os seus membros à luz dos dons espirituais e ministérios pessoais.
3. A Igreja é o corpo vivo de Cristo
A ênfase em relacionamentos e a convicção de que todo cristão é um ministro, apontam para o fato de que a IBBN não é apenas uma “comunidade reunida para culto”, mas um organismo vivo que, através de seus membros, se espalha por todos os lugares, todos os dias, fazendo tudo para a glória de Deus (1Co 10.31). O ministério de uma igreja não é medido pelo número de pessoas que freqüentam seus cultos, mas pela dinâmica de vida dessas pessoas no dia-a-dia da comunidade cristã e seu serviço no mundo.
Nesse contexto, os núcleos de estudos bíblicos ocupam lugar central no cotidiano IBBN. Neb são células de 3 a 12 pessoas, com afinidades, e comprometidas entre si, que buscam aprofundar seus relacionamentos com Cristo e experimentar a realidade do corpo de Cristo, a partir de reuniões regulares.
A IBBN, portanto, quer levar o evangelho todo todos os dias, em todos os lugares, através de todas as atividades de todos os seus membros. Mais uma vez, a palavra integral qualifica a IBBN e sua rede de relacionamentos e ministérios.
DECLARAÇÃO DE VISÃO IBBN
A IBBN quer ser um sinal histórico do reino de Deus, levando o evangelho todo para o homem todo, priorizando relacionamentos envolvendo todos os seus membros, além dos limites culto-clero-domingo-templo.
 
 
 
PONDO OS PÉS NO CHÃO
1. Como podemos saber se uma igreja local é um sinal histórico do reino de Deus?
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2. Qual é a sua contribuição pessoal para que sua igreja se torne um sinal histórico do reino de Deus?
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3. Quais são as diferentes maneiras como uma igreja pode levar o evangelho todo para o homem todo?
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4. Por que os relacionamentos pessoais são imprescindíveis à saúde integral do cristão e sua comunidade?
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5. Descreva com suas próprias palavras a Visão das Boas Novas.
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6. Imagine que uma reportagem especial a respeito da IBBN será publicada na edição de domingo de um grande jornal. Quais seriam algumas fotos (registros de atividades) que você recomendaria para comunicar que a IBBN é um sinal histórico do reino de Deus? Em quais fotos você apareceria? O que você estaria fazendo na foto?
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